Este é o primeiro Natal da Bogoleta, muitos planos, muitas idealizações e, apercebo-me hoje que a árvore não tem presentes. Na hora de almoço o papá perguntou quantos dias faltavam para o Natal e, foi nesse momento que percebi que o tempo passa e nem dou pela sua presença. Por entre encomendas, eventos e novos projetos; os dias foram-se apressando. E agora? Está na hora de respirar fundo, fechar os olhos, ouvir uma música daquelas que me fazem viajar e organizar a agenda.
Olho para ela deitada sobre a cama num sono profundo e vejo como está grande e parecida com o pai, tem as suas feições, o seu jeito e a sua personalidade forte. Dorme tranquila e sem pressa, como se sentisse que preciso de tempo para me organizar.
O tempo... Corre depressa, passa e nem damos pela sua passagem, ontem saía da maternidade sem saber o que fazer com o diamante que tinha nos braços e hoje vou lapidando este diamante sem ter nenhuma certeza se o que faço está certo ou errado.
Queria organizar o Natal mais especial e único de todo o universo, queria comprar-lhe os presentes mais surpreendentes no entanto, e depois de perceber que não podemos fazer/ter tudo, o que quero é tê-la sempre comigo, vê-la crescer e sentir que é um bebé feliz. Hoje refleti e vou proporcionar-lhe um Natal em família, um Natal sem pressa e com tempo, um Natal onde vou estar presente de corpo, alma e coração para ela e para o meu marido. Na ânsia de fazermos tudo por vezes, esquecemos o mais importante e imprescindível.
